Conexistas realizam oficina sobre Redução da Maioridade Penal

Possibilitar aos estudantes de escola pública a construção de um posicionamento crítico quanto aos argumentos que permeiam a Redução da Maioridade Penal. Baseados nessa proposta, universitários bolsistas do Programa Conexões Direitos Humanos, Culturas e Subjetividades realizaram a oficina “Jovens como Sujeitos de Direitos”, nesta terça-feira (27), das 14h às 16h30, na escola Fernando Perdigão, localizada no bairro Monte Castelo em São Luís/MA.

O início das atividades foi marcado pela apresentação do PET Conexões, destacando o histórico, objetivos e ações realizadas pelos bolsistas do projeto. "É significativo apresentar o PET Conexões para os estudantes, pois assim eles têm informações de como funcionam os projetos que incentivam a permanência no Ensino Superior", disse o conexista Eraldo Costa.

Em seguida, os alunos participaram de uma dinâmica de apresentação por meio da qual puderam dizer os nomes e destacar suas qualidades. Dando continuidade, os participantes receberam informações sobre o histórico da criação dos direitos infanto-juvenis, a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de informações sobre Projetos de Leis e medidas socioeducativas, sendo que, estes assuntos foram relacionados com os argumentos favoráveis e contrários aos projetos que objetivam reduzir a maioridade penal. “O nosso objetivo foi fazer com que os participantes pudessem refletir sobre o assunto e, assim realizarmos uma troca de conhecimentos e informações que nos possibilitem assumir uma posição crítica, romper com o senso comum e a influência midiática”, explicou a conexista Magali Medeiros.

Durante a oficina, os alunos tiveram acesso ao assunto de forma descontraída através de vídeo auxiliado por uma espécie de bate-papo por meio do qual puderam esclarecer dúvidas e expor experiências. “ A redução da maioridade penal é um tema bastante polêmico que também deve ser levado para dentro da sala de aula”, explicou Izabel Cristina, Supervisora Escolar.

Após as discussões, os estudantes formaram equipes para aprofundar algumas argumentações com o auxílio de charges e notícias veiculadas em jornais impressos. O resultado da atividade foi a elaboração de frases baseadas na análise do material. 

Vale destacar que o momento foi utilizado para desfazer o mito de que o ECA não permite punição para adolescentes infratores, esclarecendo que existem seis medidas socioeducativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviço à comunidade, liberdade assistida, semi-liberdade e internação.

Após uma breve análise sobre o atual modelo prisional que não consegue ressocializar àqueles que estão em conflito com a lei, muitos alunos começaram a fazer observações que anteriormente não eram evidenciadas, antes eram influenciados apenas pelo argumento de que as advertências atuais não estão contribuindo para diminuir os atos infracionais cometidos por adolescentes. “Acho que a prisão não consegue resolver os problemas, esses jovens devem ter mais oportunidades”, destacou Zélia Mirlly, estudante.

PET Conexões estabelece parceria com escola pública para desenvolvimento do projeto “Artivistas nas Comunidades”

Com o objetivo de ampliar o campo de desenvolvimento de atividades, o PET Conexões Direitos Humanos, Culturas e Subjetividades - UFMA, iniciou parceria com mais uma escola pública - o Centro de Ensino Médio “Fernando Perdigão”.  O projeto “Artivistas nas Comunidades” elaborado pelos estudantes sob a orientação da Tutora Profa. Dra. Maria Cristina Bunn, foi apresentado pelos bolsistas do Grupo na última sexta-feira, 23 de agosto, na própria escola aos gestores e comunidade estudantil.

Dentre diversas atividades, a ação será iniciada nesta terça-feira (27), das 14h40 às 15h30, com a oficina “Jovens como Sujeitos de Direitos” que traz uma série de reflexões sobre a polêmica da Redução da Maioridade Penal. “É fundamental levar essas temáticas para as escolas, pois possibilitam aos alunos refletirem sobre o contexto em que estão inseridos”, enfatizou a conexista Magali Medeiros.

A escola “Fernando Perdigão” fica localizada no bairro do Monte Castelo em São Luís/MA, e atende principalmente estudantes com faixa etária entre 15 e 19 anos. Com esta iniciativa, o PET Conexões amplia seu território de atuação originalmente circunscrito aos Bairros Vila Embratel e Sá Viana.

A importância deste tipo de ação ultrapassar os muros da Universidade foi destacada pela Vice-Diretora da Escola. “É muito significativo que a academia promova essas atividades, pois elas irão alargar o conhecimento do aluno, democratizando assim, o acesso ao conhecimento”, destacou a Profa. Edilamar da Cruz Batista.

As atividades que serão desenvolvidas na escola estão relacionadas à Educação em Direitos Humanos, Protagonismo Juvenil, Cultura, Meio Ambiente, Saúde e Educação. Vale destacar que antes da execução das atividades, todos os conexistas participaram de formações em grupos de estudo, pesquisas e elaborações de materiais com apoio de referências bibliográficas para que as temáticas selecionadas sejam apresentadas em oficinas por meio de estratégias metodológicas que integram a arte-educação, e visam trabalhar os assuntos de forma dinâmica, despertando o interesse dos estudantes em dialogar e interagir a partir dos temas abordados.

Conexistas realizam oficina em comunidade quilombola

As cantigas de roda como ferramenta de ensino-aprendizagem. Essa foi a proposta apresentada na oficina “Samba Lelê”, que aconteceu no dia 17 de agosto, na Escola Municipal Santa Teresa, localizada na comunidade quilombola Manival-Alcântara.

A oficina “Samba Lelê” foi elaborada pelo PET Conexões Direitos Humanos, Culturas e Subjetividades – UFMA, sob a orientação da Tutora Profa. Dra. Maria Cristina Bunn, apresentou como objetivo principal mostrar a significativa contribuição das cantigas de roda para a formação pedagógica no desenvolvimento infantil e para o processo de ensino-aprendizagem na alfabetização. “Esse tipo de atividade dinamiza as aulas, tornando-as mais agradáveis e possibilitam aos alunos que se expressem e transformem-se em personagens das histórias nelas identificadas, com alegria e prazer”, destacou a professora do 1º ano Antônia Raimunda Sá.

As atividades foram iniciadas com apresentação do PET Conexões, seguida de uma dinâmica de grupo que buscou promover a integração das crianças. Dando continuidade, os conexistas selecionaram a brincadeira denominada “Coelho na Toca”, que levantou os conhecimentos prévios dos alunos sobre as cantigas de rodas.

Como forma de incentivar a leitura e aprendizagem, foram produzidos dois murais representativos, um com a letra da cantiga de roda “A canoa virou” e outro em branco onde foram afixados origamis (barcos e peixes) produzidos pelos próprios alunos. “Não há dúvida de que a música é um instrumento de representação da nossa cultura. Elas podem ser vistas como meios de transmissão e conservação de determinados elementos culturais de um país ou região”, enfatizou a conexista Elizania Cantanhede.

De forma bastante descontraída, os alunos puderam exercitar a memorização, leitura, escrita, trabalho em equipe e a criatividade. “Gostei muito de participar das brincadeiras, me diverti muito”, disse Daynara Araújo, 4 anos.

Essa atividade faz parte do projeto "Artivistas nas Comunidades", criado pelos participantes do PET Conexões, com base na proposta de utilização da arte para promover a troca de conhecimentos com a comunidade em geral sobre assuntos referentes aos Direitos Humanos, Protagonismo Juvenil, Cultura, Meio Ambiente, Saúde e Educação.

Conexistas apresentam propostas de ações para o projeto "Artivistas nas Comunidades"

Democratizar o acesso ao conhecimento por meio da arte. Baseados nessa ideia, participantes do PET Conexões apresentaram propostas de ações para serem desenvolvidas no projeto "Artivistas nas Comunidades". A reunião aconteceu na última segunda-feira, 05 de agosto, na sala do projeto.

O “Artivistas nas Comunidades” foi criado pelos participantes do PET Conexões - Direitos Humanos, Culturas e Subjetividades, sendo que o nome do projeto foi escolhido com base na proposta de utilização da arte para promover a troca de conhecimentos com a comunidade em geral sobre assuntos referentes aos Direitos Humanos, Protagonismo Juvenil, Cultura, Meio Ambiente, Saúde e Educação.

O projeto tem como objetivo proporcionar a troca e difusão do conhecimento através de intervenções educativas nas ruas, praças, escolas e universidades - realizando exibição de filmes, debates, mostras artísticas, instalações, performances, músicas, oficinas, saraus, teatro, dança, exposição de fotos, telas, vídeos, entre outros, sendo assim, o intuito do projeto é promover ações criativas que contribuam para a ampliação de um olhar crítico da sociedade. "A ideia é democratizar o acesso à educação por meio de ações que possibilitem o diálogo entre a universidade, escolas e comunidades populares", explicou a conexista Jeyci Sá".

Com base nos assuntos estudados nos diferentes cursos, cada bolsista ficou responsável de apresentar uma proposta de ação e organizar um grupo de estudos para aprofundar o conhecimento. Inicialmente, as propostas de atividades estão presentes assuntos como História dos Direitos Humanos, Redução da Maioridade Penal, Oficina de Incentivo à Leitura e Perigos da Automedicação.

Vale destacar que além da área Itaqui-Bacanga, o projeto será ampliado para outros bairros da cidade, sendo que, cada bolsista selecionará uma escola do bairro em que mora para realização das ações.

Conexistas recebem nova Tutora em clima de festa 

Foto: Adriana Rêgo

Bolsistas dos PETs Conexões organizaram um evento de despedida para uma de suas Tutoras, ao mesmo tempo em que receberam com boas-vindas uma nova integrante do grupo. A reunião geral aconteceu na última terça-feira, 06 de agosto, na sala da UNITI, localizada no CEB Velho da UFMA.

O evento foi iniciado com dinâmica de apresentação, por meio da qual a nova tutora pode conhecer melhor @s participantes dos Grupos PETs Conexões. “Estou muito feliz em poder participar do projeto, é perceptível o quanto o grupo se importa com a construção coletiva de todas as atividades, isso me surpreendeu muito”, disse a professora de Ciências Sociais da UFMA Cíndia Brustolin.

Carlos Dublante, Cristina Bunn, Flávia Moura e Cíndia Brustolin
Foto: Adriana Rêgo

Dando continuidade, a Tutora Profa. Maria Cristina Bunn (Sociologia-UFMA) proferiu palavras de agradecimento destacando a importante contribuição da Profa. de Comunicação Social Flávia Moura, sua trajetória de pesquisa, valores e práticas pedagógicas voltadas à defesa dos Direitos Humanos que são eixos do Conexões. “O trabalho desempenhado por Flávia foi fundamental para o desenvolvimento do grupo, pois o PET Conexões sempre buscou reunir pessoas comprometidas e qualificadas”, enfatizou a Tutora.

Em seguida, os participantes realizaram a exibição de vídeos com fotos de atividades que demonstraram o carinho e admiração pela profa. Ms. Flávia Moura.

Foto: Adriana Rêgo

Para finalizar, Flávia fez questão de comentar sobre as experiências adquiridas ao longo desse período e a contribuição do projeto para sua formação “Aprendi muito mais do que vocês possam imaginar, a diversidade de experiências que encontrei no PET Conexões contribuiu muito para o meu desempenho profissional”, comentou a professora.

A alternância de área também é vista pelos bolsistas como forma de obter mais conhecimento. “A troca de tutores é um momento de renovação do projeto, aprendemos muita coisa com a professora Flávia e agora iremos aprender com a Cíndia”, disse a bolsista Monalisa Pissarro.

Vale destacar que após o seletivo, o Programa de Educação Tutorial PET Conexões UFMA no Campus - Bacanga está estruturado da seguinte forma: Grupo PET Conexões Direitos Humanos, Culturas e Subjetividades (Tutoria: Profa. Dra. Maria Cristina Bunn); Grupo PET Conexões Pesquisa e Extensão em Espaços Sócio-Pedagógicos (Tutoria: Prof. Ms. Carlos Sousa Dublante); Grupo PET Conexões Pesquisa e Extensão em Comunidades Populares (Profa. Dra. Cíndia Brustolin).

A nova tutora tem um percurso de implicação com os valores e princípios comuns a todos participantes do Conexões, pois possui um currículo marcado por experiências em projetos de extensão que discutem os Direitos Humanos, como ações afirmativas e questões quilombolas. “A Cíndia é uma pesquisadora de alto nível, acredito que a sua experiência irá trazer uma enorme contribuição para o grupo”, explicou a Profa. Cristina Bunn.

Apesar de ter se afastado do grupo, a professora Flávia vai continuar sendo colaboradora e parceira de algumas atividades desenvolvidas pelo projeto. Vale destacar que a marca do PET Conexões é de pertencimento:“Uma vez Conexista, sempre Conexista!”

Revisão: Cristina Bunn